quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Insulza apresenta situação da América Latina em seu 1º contato com Dilma

Durante o encontro foi feita análise da situação do continente, com ênfase em Honduras e Haiti.

Agência EFE






Brasília - A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que explicou que fizeram uma análise geral da situação na América Latina, com ênfase nos casos de Honduras e Haiti.

"Conversamos sobre os principais temas da região em um marco de otimismo compartilhado, porque a América Latina está hoje em uma posição de desenvolvimento econômico importante, com uma redução dos índices de pobreza e com mais democracia do que nunca", declarou Insulza após o que foi seu primeiro encontro com Dilma.

Em relação a Honduras e a seu possível retorno à OEA, que foi suspenso após o golpe que derrubou em junho de 2009 a Manuel Zelaya, Insulza indicou que "é necessário resolver o tema pendente, que é o retorno tranquilo e seguro" do agora ex-líder a seu país.

"Brasil está esperando assim como todos que a situação de Zelaya se resolva", declarou Insulza, que considerou que até então será difícil que alguns Governos, como o brasileiro, possam reconhecer como presidente legítimo de Honduras Porfirio Lobo, que foi eleito na eleição realizada no fim de 2009.

Zelaya é acusado de diversos delitos de corrupção e vive na República Dominicana desde 27 de janeiro de 2010, quando pôs fim a um fechamento de vários meses na embaixada do Brasil em Tegucigalpa na qual se refugiou após voltar clandestinamente a Honduras depois de ser derrubado e expulso à Costa Rica.

O ex-presidente afirma que não retorna a Honduras, pois se diz vítima de uma "perseguição política", da qual foi negado pelo Governo de Lobo.

Em relação ao Haiti, Insulza disse que concorda com Dilma em seu desejo que o segundo turno das eleições presidenciais marcado para o dia 20 de maio se desenvolva em "plena normalidade" e que se inicie um "Governo sólido" e capaz de encarar a necessária reconstrução do país.

Tags/ palavras-chave:OEA, Brasil, eleições, acusado

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