Partidários de Zelaya e Micheletti veem missão da OEA como esforço final
Tegucigalpa, 23 ago (EFE).- O Governo do presidente de fato em Honduras, Roberto Micheletti, e os partidários do governante deposto Manuel Zelaya concordaram hoje, embora por razões opostas, que a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) deve ser a última tentativa de resolver a crise política de Honduras.
"Eu gostaria que a vinda destes chanceleres terminasse com a dialética de tentar convencer o mundo do que aconteceu aqui", disse à imprensa a vice-ministra das Relações Exteriores hondurenha, Martha Alvarado.
A missão de chanceleres da OEA é "uma dos últimos tentativas diplomatas" para conseguir que o Governo de Micheletti deixe o poder, disse à Agência Efe o deputado do partido Unificação Democrática (UD) Marvin Ponce, dirigente do movimento que exige a restituição de Zelaya.
"A única coisa que resta aos golpistas é assinar o Acordo de San José o mais cedo possível, pois já não têm margem de manobra", afirmou o legislador.
A visita da OEA faz parte da mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, que propôs os 11 pontos do Acordo de San José, entre os quais figura o retorno condicionado de Zelaya como solução para a crise.
O fracasso desta tentativa, reconheceu Ponce, "representará a perda da esperança de chegar a um acordo pela via diplomática, já que a campanha eleitoral para o pleito de 29 de novembro começa na semana que vem".
A vice-chanceler reiterou a posição do Governo de Micheletti de que, embora os chanceleres sejam "bem-vindos", a recondução de Zelaya ao poder "não é negociável".
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